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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O LIVREIRO DE CABUL. Asne Seierstad


“Todas as famílias se parecem.
Cada família infeliz é infeliz à sua maneira.” (Tolstói, em Anna Kariênina)

Na primavera de 2002, Asne Seierstad viveu três meses com uma família afegã. A jornalista norueguesa foi previamente foi autorizada a publicar suas anotações, o que não impediu que o patriarca, Sultan Khan, a processasse, pedindo compensações financeiras. Como resultado do julgamento, a escritora doou parte dos direitos autorais a uma fundação que visa promover a literatura afegã, por sugestão da própria autora.
A reportagem, narrada por uma escritora hábil e inteligente, transformou-se em um romance original. A família com quem Asne viveu não é paradigma para as famílias afegãs: em um universo em que três quartos da população não sabe ler nem escrever, o patriarca é dono de uma livraria e vários membros falam inglês perfeitamente.
Asne publicou histórias que vivenciou ou que lhe foram contadas: as limitações impostas às mulheres e aos irmãos mais novos; a exploração sexual de jovens viúvas; a morte da mulher adúltera, sufocada com um travesseiro, pelos irmãos.
Sempre sob a proteção da burca, teve a autora a liberdade do anonimato para observar. Como era hóspede, não se submetia aos rigores das regras patriarcais, e pode participar tanto do universo masculino como do feminino.
A obra é um sucesso e consta da lista dos livros mais vendidos, segundo o  New York Times.

 “Nas famílias, a tradição é tudo: são os homens que decidem. Apenas uma minoria das mulheres de Cabul largou a burca, e a maioria nem sabe que suas ancestrais, mulheres afegãs do século passado, desconheciam esse traje. Foi durante o regime do rei Habibullah, entre 1901 e 1919, que a burca foi introduzida. Ele impõs às duzentas mulheres do seu harém o uso da burca, para que não tentassem outros homens com seus belos rostos quando estavam fora dos portões do castelo. O véu que cobria tudo era de seda com bordados elaborados, e as princesas de Habibullah tinham até burcas bordadas com fios de ouro. Assim, virou um traje para a classe alta, para protegê-las dos olhares do povo. Nos anos 1950, o uso da burca já estava difundido no país inteiro, principalmente entre os ricos.

A burca também tinha opositores. Em 1959, o primeiro-ministro, o príncipe Daoud, chocou o país ao aparecer na comemoração do dia da pátria com sua esposa sem a burca. Ele tinha persuadido o irmão a deixar sua esposa fazer o mesmo, e pediu aos ministros que jogassem fora as burcas de suas mulheres. Já no dia seguinte podiam-se ver várias mulheres nas ruas de Cabul em sobretudos, óculos de sol e um chapeuzinho. Mulheres que antes andavam totalmente encobertas. Já que o uso da burca tinha começado nas esferas mais altas da sociedade, foram elas a abandoná-lo primeiro. O vestuário, porém, havia se tornado um símbolo de status entre os pobres, e muitas empregadas e criadas jovens passaram a usar as burcas de seda de suas patroas. Primeiro, foram apenas os pashtun reinantes que cobriam suas mulheres, mas depois outros grupos étnicos começaram a usar o traje. Mas o príncipe Daoud queria banir a burca do Afeganistão. Em 1961, foi criada uma lei que proibia o seu uso por funcionárias públicas. Foram aconselhadas a se vestir no estilo ocidental. Levou vários anos para que a lei fosse seguida, mas na Cabul dos anos 1970 praticamente não havia uma professora ou secretária de Estado que não andasse de saia e blusa, enquanto os homens vestiam ternos. As mulheres sem burca corriam, porém, o risco de levar uma bala na perna ou de que fundamentalistas lhes jogassem ácido no rosto. Quando veio a guerra civil e Cabul ganhou um regime islâmico, cada vez mais mulheres se cobriram. Com o Talibã, todos os rostos de mulher sumiram das ruas de Cabul.” (p. 113/114)

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Maria da Glória Perez Delgado Sanches

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