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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

RESENHA: CLARICE, UMA BIOGRAFIA

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Escrita pelo norte-americano Benjamin Moser, a obra foi considerada um dos melhores lançamentos do ano pelo New York Times. Li a versão de bolso, na qual mantiveram o texto integral, traduzido por José Geraldo Couto.
Bem escrito, fluido, narra com a perfeição de um historiador e a simplicidade - e sensibilidade - de um cronista a história de Clarice Lispector - ou simplesmente Clarice -, e confirma a autora-esfinge no cenário internacional como uma das maiores escritoras do século.
Há os que captaram mais em uma primeira leitura - Cazuza leu Água viva mais de cem vezes -, mas é impossível não ler a obra de Benjamin sem rever os livros da autora - então com outros olhos.
Passagens:
"O lobo da estepe é um livro sobre a glória da arte e o peço que o artista paga por ela. Como muitos dos futuros livros da própria Clarice, O lobo da estepe é uma meditação filosófica baseada numa história fantástica, construída de modo solto, a do "lobo das estepes", Harry Haller, estudioso e artista cujo apelido vem de sua natureza meio humana, meio animal. Haller é "um animal que vagava por um mundo que para ele era estranho e incompreensível, um animal que não conseguia mais achar sua casa, sua paixão ou seu alimento"
"Não há direito de punir. Há apenas poder de punir".
"Por que não se entregar ao mundo, mesmo sem compreendê-lo?"
"Clarice tinha, contudo, uma meta concreta: 'Minha idéia - veja o absurdo da adolescência! - era estudar advocacia para reformar as penitenciárias. Não era uma noção tirada do nada, pois naqueles anos existia no Brasil um movimento para reformar as prisões do país. Seu fruto mais famoso foi a Casa de Detenção em São Paulo, uma instituição-modelo aberta a visitantes do mundo todo. O antropólogo Claude Lévi-Strauss, que fez seu nome no Brasil, foi um dos visitantes, bem como o escritor judeu austríaco Stefan Zweig, que esteve ali em 1936, descobrindo que 'a limpeza e a higiene exemplares transformaram a prisão numa unidade de trabalho. Os prisioneiros faziam o pão, preparavam os remédios, serviam na clínica e no hospital, plantavam verduras, lavavam as roupas, faziam  pinturas e desenhos e recebiam aulas'. As autoridades não paravam de enfiar prisioneiros no edifício, e logo ele se tornou o maior presídio da América Latina, famoso não pelos desenhos ou pelas hortas dos prisioneiros, mas por uma taxa de violência tão assustadora que o nome que lhe deu fama, Carandiru, tornou-se sinônimo de horror, sobretudo depois do motim de 1992 e do subsequente massacre de 111 presos."
"A maior verdade do mundo é estar junto de quem se gosta. Essa é a maior verdade do mundo."
"Muitas esnobíssimas, de feitio duro e impiedoso embora sem jamais fazer maldade. Eu acho graça em ouvi-las falar de nobrezas e aristocracias e de me ver sentada no meio delas, com o ar + gentil e delicado que eu posso achar. Nunca ouvi tanta bobagem séria e irremediável como nesse mês de viagem. Gente cheia de certezas e de julgamentos, de vida vazia e entupida de prazeres sociais e delicadezas. É evidente que é preciso conhecer a verdadeira pessoa embaixo disso. Mas por mais protetora dos animais que eu seja, a tarefa é difícil". (carta às irmãs)
"De Argel ela escreveu a Tania e Elisa: 'Na verdade eu não sei escrever cartas sobre viagens; na verdade nem  sei mesmo viajar. É engraçado como, ficando pouco em lugares, eu mal vejo. Acho a natureza toda mais ou menos parecida, as coisas quase iguais. Eu conhecia melhor uma árabe com véu no rosto quando estava no Rio. Enfim, eu espero nunca exigir de mim nenhuma atitude. Isso me cansaria [...]"
"O dr. Medeiros não era o único a ver com ceticismo as enfermeiras brasileiras. Santinha Dutra, conhecida por seu catolicismo reacionário e casada com o ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, via as enfermeiras voluntárias como 'prostituas que iam para a guerra fazer suas carreiras'. Ela convenceu o marido a colocar as enfermeiras numa posição que não era nem de soldados nem de oficiais. Isso significava, como registrou Elza, que elas não podiam comer: havia refeitórios para soldados e refeitórios para oficiais, mas não para enfermeiras. Felizmente o presidente da Cruz Vermelha no Recife, que tinha uma fábrica de biscoitos, dera a Elza um par de caixas de seus produtos, e isso foi tudo o que elas tiveram para comer na viagem do Brasil à Argélia."
"Passavam-se os meses; no início de janeiro de 1947 ela escreveu a Tania uma longa carta. Para sua mãe substituta, que se considerava 'mais que uma irmã', deve ter sido ainda mais doloroso ler essa carta do que foi para Clarice escrevê-la. É difícil acreditar que sua autora é a mesma moça linda e fascinante que, menos de um ano antes, tinha deixado o Rio de Janeiro, onde fora festejada por muitos dos principais artistas de seu país, e que encontrara tempo em sua viagem de volta à Europa para ficar cara a cara com a Esfinge. Em seu lugar aparece uma mulher tão desanimada e impotente que sua carta mais parece um bilhete de suicida. (...) Ouça: respeite a você mais do que aos outros, respeite suas exigências, respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobreturo o que você imagina que é ruim em você - pelo amor de Deus, não queira fazer de você uma pessoa perfeita - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse o único meio de viver." 

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Maria da Glória Perez Delgado Sanches

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